Os telegramas diplomáticos americanos revelados pelo WikiLeaks dão a impressão de que os EUA se aproximaram aos poucos do Vaticano e, em particular, do papa Bento 16, informa o jornal espanhol "El País". Essa aproximação aconteceu depois de alguns anos de muito receio, devido ao escândalo de abusos sexuais nos EUA e à invasão do Iraque, à qual a Igreja Católica se opôs abertamente.
Os documentos também mostram "um choque cultural entre um país presidencialista, moderno, democrático, expansivo e republicano, e um sistema de poder monárquico, milenar, hermético", segundo o jornal, mas "não impede aos americanos de compreender a importância de ter o Vaticano como aliado".
Os telegramas mais antigos, quase todos de 2001, mostram que o Vaticano expôs com toda franqueza aos EUA que "a ditadura laica de Saddam Hussein" era melhor para a liberdade religiosa e os cristãos do Iraque do que "qualquer solução" que a "guerra injusta" pudesse trazer, inclusive uma "ditadura islâmica", informa "El País".
A número 2 da Embaixada americana na Santa Sé destaca os problemas de comunicação do Vaticano: "O Vaticano é um aliado formidável, que precisa de lições de relações públicas".
A Embaixada dos EUA traça um perfil tragicômico do porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, dizendo que "tem um Blackberry", mas "Não faz parte do círculo íntimo do papa, não tem nenhuma influência sobre as principais decisões, não dá forma às mensagens, mas se limita a repassá-las", revela o "El País".
Os telegramas diplomáticos classificam Lombardi como uma "anomalia dentro de uma cultura na que muitos dos dirigentes mais importantes não têm se quer email".
Fonte: Folha.com
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